Tuesday, February 13, 2007

Brasil: Ministério do Trabalho reconhece que transgêneros não são sinônimo de prostituição



O Ministério do Trabalho se comprometeu, através de comunicado oficial, a alterar o Código Brasileiro de Ocupação, onde deixará de considerar travestis e transexuais sinônimos de profissionais do sexo.O anúncio, feito nesta quinta-feira, dia 1º de fevereiro, atende as reivindicações do Estruturação – Grupo LGBT de Brasília, que através do seu Núcleo de Travestis, Transexuais e Transgêneros solicitou a alteração ao Ministério do Trabalho em 20 de dezembro passado.“Finalmente, uma demonstração de respeito por parte do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Mesmo com o preconceito da sociedade contra nós, não trabalhamos apenas com o sexo pago, somos cabeleireiras, advogadas, médicas, servidoras públicas e administradoras também. Enfim, podemos exercer todas as profissões”, afirmou Andréa Stefani, coordenadora do Núcleo de Travestis, Transexuais e Transgêneros do Estruturação.De acordo com Stefani “travesti e transexual não são profissões”, mas sim, “identidades de gênero”. Ela ainda disse que colocar os transgêneros como “sinônimos de profissionais do sexo era simplesmente o governo federal reforçar um estereótipo”.“Algumas de nós trabalhamos sim como profissionais do sexo e até lutamos pelo maior reconhecimento desse trabalho pela legislação. A questão não é essa. O que não aceitamos é o estigma”, concluiu a coordenadora.
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